"Para bom entendedor meia palavra basta".
Todos os dias ouço a seguinte pergunta quando entro na sala dos professores: "E ai professorinha? Ainda quer mudar o mundo?" Sempre sou gentil, respondo e brinco, porém entendi que a pergunta é na verdade uma afronta, uma crítica as minhas aulas, que costumam ter mais alunos que deveria. Isso não é problema pra mim, e nem deveria ser pra ninguém, até porque o salário é o mesmo independente de quantos alunos estiverem em cela. Tenho muito que trabalhar e estudar, não faz parte do meu repertório disputar aluno.
A resposta é uma: não tenho a pretensão de mudar o mundo, mas não quero que o mundo me mude para pior! A "burrocracia" e falta de vontade trabalhar é doentia. Os baixos salários não justificam ninguém ir até a Fundação fazer de contaque trabalha. Quando vamos dar aula já sabemos que não ficaremos ricos, com poucas exceções. O que tenho a oferecer é meu trabalho, minhas aulas, minha boa vontade e dedicação.Não estou defendo aqui os baixos salários, MUITO pelo contrário, eles também me afetam profundamente, porém isso não é motivo para "fazer de conta"que trabalha.
Acho que tá dado o recado "(in)diretamente", de forma tão sutil que só faltou colocar o CEP a quem é endereçado.
posso sugerir uma resposta direta:
ResponderExcluir"sim, quero."
outra?:
"muita gente desistiu e preciso fazer a média do outro lado subir."
Outra:
uma poesia que não me lembro de quem é, mas é mais ou menos assim:
"Se o mundo não vai bem
a seus olhos
troque os óculos
ou mude o mundo.
Óticas olho vivo agradecem a preferência"
S'embora! Josianne