Dar aula na Fundação é um "veneno antimonotonia", nunca sabemos o que nos espera depois da gaiola (nome do portão que divide o "mundão"do acesso aos menores). A chave da escola foi "sequestrada"e só seria entregue mediante ao "pagamento" estabelecido pelos sequestradores de chave.
Explico: não tivemos aula porque não tinha chave das celas de aula, ou seja, sem sala, sem aula. O comportamento dos alunos denunciava que eles faziam parte daquilo, mais uma travessura de adolescente. Tempos depois soube que a chave seria entregue pós o "pagamento"do resgate: maços de cigarro.
Foi neste momento que entendi porque cigarro é moeda de troca, com ele se consegue negociar com os que deveriam estar a cima de qualquer tipo de negociação. O resgate foi pago. As aulas voltaram ao normal. Os menores em conflito com a lei (é politicamente incorreto dizer menores que cumprem medida, já está em desuso este termo.) sairam desta com a sensação de que são os vitoriosos e que neste tipo de negociaçào eles tem o domínio da situação.
Uma medida deseducativa....
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