Sei que estes verbetes de "Saias Justas" serão os mais frequentes, pelo menos até eu pegar a jeito certo de conduzir as situações que mais me tocam ou me chocam. Mas, enquanto isso não acontece, vamos a eles:
Estávamos eu e mais uns 12 alunos na "cela de aula" preparando enfeites que iriam dar cor as paredes amarronzadas e cinzentas na Festa Junina (Sim, ele tem festa Junina! E como qualquer adolescente ficam eufóricos.) Além de mim e os alunos, tinha também cola, barbante, papel para cortar bandeirinhas e 4 tesouras, as quais eu vigiava como se elas tivessem vida própria e fosse evaporar a qualquer momento. Eu era responsável por cada objeto ali, e aquelas tesouras pareciam não harmonizar com o ambiente.
Só o fato de ter esse bendito objeto cortante já me deixou mais tensa. Se caderno pode ser perigoso, que dirá tesouras, e 4! Muitas folhas de cartolina desenhadas, com mensagens de Festança mudavam a cor e os ânimos. Ali tem verdadeiros artistas! Desenhos super bem feitos, coloridos e alegres. Tem também os "detonadinhos", mas são a minoria. Arte é aflorada entre muitos deles, que fazem até suas próprias tatoos (Umas lindas e outras "detonadinhas". Umas curiosa, chamam atenção pelo simbolismo e riqueza de detalhes, outras pobres e bem simples)
Voltando ao clima entre bandeirolas e tesouras, um aluno me perguntou: "psôra que hora a senhora vai pra casa?" Eu falei que não ia demorar, seria perto das 15 horas. Ele, sagaz, percebendo talvez minha preocupação, disse: "bom pra senhora, porque as 18 vai ter rebelião". Silêncio na "cela de aula", só se ouvia o som da tesoura cortando as bandeirolas. Eu sem saber o que dizer, mais uma vez, mudei de assunto...
Ah, levei comigo para fora da cela todas as tesouras, cola, barbante...
Ah, levei comigo para fora da cela todas as tesouras, cola, barbante...
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